Os Merovíngios foram uma dinastia franca que governou sobre um conjunto de territórios que abrangia a moderna França, e partes da Alemanha, Suíça e Benelux, entre os séculos V e VIII da nossa Era.
Os Merovíngios devem o seu nome a Meroveu, rei semi-lendário dos francos sálios (447-457) e fundador da dinastia; o seu neto Clóvis foi o responsável pela conversão dos Francos do paganismo ao Cristianismo (496), e pela unificação territorial dos reinos francos, tendo ainda derrotado os Burginhões, os Alamanos e os Visigodos (estes últimos na Batalha de Vouillé, em 507, o que marcou o fim do reino visigodo de Toulouse, bem como da presença dos próprios godos na França).
Depois dele, seguira-se vários soberanos, uns mais fortes, outros mais fracos, os quais, encarando o reino como um mero bem pessoal, e não fazendo qualquer distinção entre direito público e privado, o repartiam pelos seus filhos e herdeiros à hora da morte. Assim sendo, com o tempo, voltaram a formar-se três ou quatro reinos francos, cada vez mais fracos - a Austrásia, a Nêustria, a Aquitânia e a Borgonha.
Eventualmente, este estado de coisas agravou-se, e os soberanos merovíngios foram delegando os seus poderes a uma espécie de primeiro-ministro: o prefeito do palácio (ou mordomo do palácio), no número dos quais se contam, por exemplo, Carlos Martel, Pepino, o Breve ou Carlomano. Reduzidos a uma mera função honorífica, após a vitória de Carlos Martel sobre os sarracenos em Poitiers, em 732, pouco tempo foi necessário para serem derrubados: Pepino escreve ao Papa sobre quem deve exercer o poder no Reino dos Francos; este responde "Convém que aquele que detém o poder tenha também o título de rei" e assim sendo válida as pretensões do prefeito, que derruba o último soberano merovíngio, Childerico III, em 751.
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